Metas pessoais: Como se planejar para alcançar os seus sonhos?

Uma meta, de acordo com o dicionário, é o ponto que se procurar atingir ou a finalidade à qual se dirigem as ações ou pensamentos de uma pessoa. A partir de tais definições, podemos constatar que frequentemente estamos lidando com metas pessoais, profissionais ou de qualquer outro aspecto de nossas vidas.

 

Algumas dessas metas são simples e impostas na nossa rotina sem muita reflexão. Ao acordar, já nos deparamos com o objetivo de chegar ao trabalho. À noite, nossos propósitos geralmente envolvem resolver questões domésticas, como preparar o jantar. Outras metas são mais complexas e são representadas por bens tangíveis, como a compra de uma casa na praia ou uma viagem internacional.

 

Mas sejam quais forem as suas metas, praticamente todas elas dependem de um bom planejamento para serem atingidas. E isso inclui saber administrar e otimizar recursos como tempo e dinheiro.

 

COMO DEFINIR METAS FINANCEIRAS PESSOAIS?

 

Imagine, por exemplo, que em determinado dia você precisa preparar um almoço especial para a sua família. Essa será sua meta, e seu cumprimento demanda uma série de etapas. Uma delas inclui a ida ao supermercado para comprar os ingredientes.

 

Nesse momento, você pode simplesmente adquirir os itens de acordo com o que parece suficiente para a refeição. Ou pode definir previamente o que deve ser comprado de acordo com o número de pessoas, o gosto delas e o orçamento disponível.

 

Quem faz uma lista de compras está planejando e buscando a melhor forma de atingir a meta estabelecida. Isso diminui a chance de erro, já que evita que itens sejam esquecidos ou que se gaste mais do que o planejado. Ir ao supermercado sem essas definições pode ser uma grande armadilha.

 

Mas como elaborar essas metas quando estamos falando de objetivos pessoais que podem levar anos para serem atingidos?

 

O primeiro passo é não confundir metas com desejos pessoais. Essas vontades quase sempre surgem de maneira repentina, são irracionais ou focam em objetivos abstratos. Alguém cuja meta pessoal é "ficar rico" dificilmente atingirá esse ponto, já que tal conceito é difícil de definir com clareza.

 

Por isso, uma meta deve ser pensada de acordo com alguns parâmetros básicos. Ela precisa ser definida de forma objetiva e conter um prazo. Sair das dívidas em 6 meses, trocar de carro em um ano, comprar um imóvel em 5 anos ou se aposentar em 30 anos são metas que podem ser elencadas como exemplos plausíveis.

 

Mesmo que sonhar seja saudável, uma meta deve ser realista. Um propósito muito ousado pode colocar em risco a saúde das suas finanças, além de ser quase sempre impossível de cumprir, o que gera frustrações.

 

É só pensar em alguém que queria comprar um carro de luxo e, para isso, comprometeu metade da renda mensal com as parcelas, sem contar as despesas com manutenção e combustível.

 

Uma meta realista inclui também a disponibilidade de meios para atingi-la. Quem quer comprar uma casa deve avaliar quais são as melhores formas de fazer isso e como cada uma delas se adéqua à sua realidade. É possível optar por um consórcio, que permite a compra do imóvel sem juros, mas é preciso avaliar a necessidade de esperar a contemplação, por exemplo.

 

Por fim, tão importante quanto entender o que são ou não são metas factíveis e saber defini-las é compreender que elas não farão sentido se não forem submetidas a revisões periódicas.

 

O mercado pode mudar, a situação da economia pode piorar ou seus planos para os próximos passos da vida podem se modificar. Isso certamente demandará uma reavaliação do que havia sido estabelecido lá atrás. Tal atitude evita priorizar metas que já não condizem com a realidade ou não sejam mais alcançáveis.

 

Por outro lado, algumas metas são excluídas não pelos motivos citados acima, mas porque algo não está saindo conforme o esperado. Nesses casos, será necessário avaliar o que está levando a isso — falta de organização, por exemplo. A partir daí, é possível resolver a questão sem descartar um objetivo que ainda faça sentido ou seja alcançável com pequenas correções.

 

QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO?

 

Como foi mencionado no começo do tópico anterior, uma das características que definem uma meta é a existência de prazo. Obviamente é importante que esses prazos sejam estabelecidos em medidas conhecidas, como semanas, meses e anos.

 

Todavia, compreender os conceitos de curto, médio e longo prazo pode ajudá-lo com a organização das suas metas e a definição de prioridades.

 

As metas de curto prazo são aquelas que demandam certa urgência e precisam ser resolvidas entre 6 meses e 1 ano, no máximo. Isso inclui a quitação de dívidas, principalmente aquelas no cheque especial e no cartão de crédito, ou algum reparo em casa. Em geral, o cumprimento das metas de curto prazo é um passo essencial para prosseguir com as que demandam um tempo maior.

 

Metas de médio prazo são aquelas que levam de 1 a 5 anos para serem realizadas de forma satisfatória. Quase sempre elas exigem um aporte financeiro maior. Entre exemplos de conquistas que podem demandar esse tempo estão a compra de um carro novo, uma reforma mais profunda na casa ou uma viagem de férias com a família.

 

Já as de longo prazo têm como período mínimo 5 anos. Metas dessa categoria dificilmente são alcançadas sem um planejamento detalhado e disciplina — inclusive dos seus familiares, que devem se envolver em todo o processo.

 

Entre os objetivos mais comuns estão a compra de um imóvel, a faculdade para os filhos ou um plano de aposentadoria que permite uma vida tranquila quando for a hora de parar de trabalhar.

 

QUAIS SÃO AS VANTAGENS DE TER METAS PESSOAIS BEM-DEFINIDAS?

 

Todo sonho, por mais simples que seja, demanda ao menos tempo para ser concretizado. E se envolver a aquisição de um bem de consumo, será preciso abrir a carteira. Nessas horas é que aparece a principal vantagem de contar com metas bem-definidas: elas permitem que você se organize financeiramente.

 

Uma vez que as metas estão definidas, é possível saber quanto custará e qual é o tempo necessário para alcançá-las. A partir disso, outras vantagens surgem: ter objetivo faz com você se esforce para reduzir as compras por impulso, evita a criação de dívidas, ajuda na formação de uma reserva financeira e colabora para uma rotina mais organizada e com menos sustos.

 
COMO FAZER UM BOM PLANEJAMENTO FINANCEIRO?

 

Até agora, mostramos neste post como definir metas pessoais que possam ser cumpridas, e qual é sua importância. Também apontamos que planejar as finanças é essencial para que os objetivos sejam atingidos.

Mas com elaborar um planejamento financeiro que funcione? Listamos um passo a passo com os pontos imprescindíveis para não errar na hora de traçar seu plano!

 

DEFINA PRIORIDADES

 

Esse primeiro passo tem total relação com o tópico principal deste texto, que são as metas pessoais. Lembre-se, deve algo que possa ser estabelecido com facilidade, de forma objetiva e contendo um prazo.

 

Depois de defini-las de acordo com esses critérios, elas precisam se transformar na prioridade da sua vida. Com isso, fica mais fácil alinhar quais atitudes do dia a dia fazem sentido de acordo com aquela meta e quais podem ser evitadas.

 

Ao mesmo tempo, é preciso aceitar que todos temos limitações, tanto de tempo quanto de dinheiro, então não é possível abraçar tudo o que aparece pela frente. Por mais que inúmeras oportunidades que a vida nos oferece sejam aparentemente muito interessantes, em vários momentos será necessário fazer escolhas e abrir mão de certas coisas.

 

FAÇA UM DIAGNÓSTICO DA SUA VIDA FINANCEIRA

 

Antes de prosseguir, é importante que você se localize no momento atual e saiba qual é o seu real estado financeiro. Muitas pessoas mal sabem quanto ganham exatamente por mês. Sem informações precisas sobre a sua condição, fica difícil definir quais rumos tomar e quais as estratégias adequadas para o seu planejamento.

 

Esse diagnóstico envolve determinar com clareza o valor efetivo do salário, após todos os descontos decorrentes de impostos e outras contribuições na folha de pagamento. Anote também as eventuais outras fontes de renda. Faça uma média de quanto dinheiro entra por mês no seu bolso.

 

Além das fontes de renda, estime o valor dos seus bens e liste todas as dívidas, tanto aquelas que estão em dia quanto as atrasadas. Com os débitos apontados, elenque as dívidas da maior para a maior, levando em conta nesse cálculo o prazo de vencimento (ou o quanto ele está atrasado) e os juros.

 

As contas com maiores valores e taxas devem encabeçar a lista e ser os primeiros alvos na hora de regularizar a situação. A partir disso, é possível incluir no planejamento uma etapa que preveja as formas de equacionar essas dívidas.

 

ESCOLHA UMA MANEIRA DE CONTROLAR SEUS GASTOS

 

Parte do sucesso do planejamento envolve o uso de uma ferramenta adequada para o controle de gastos. Felizmente, existem várias alternativas e cabe a cada um escolher a melhor, de acordo com a sua familiaridade com a tecnologia ou a praticidade do método.

 

Entre as maneiras mais tradicionais estão as planilhas, sejam em papel ou as eletrônicas, os aplicativos para smartphone ou mesmo o bom e velho caderno. É importante optar por aquele que parece mais fácil pra você. Não faz sentido escolher as planilhas eletrônicas se tiver dificuldade de usá-las.

 

ANOTE AS DESPESAS

 

Com a forma de controle decidida, é hora de colocar em prática o hábito de anotar todas as despesas. E isso envolve contas de consumo, como água, energia elétrica e telefone, compromissos que vencerão nas próximas semanas e todos os dispêndios feitos na rotina.

 

Não deixe de incluir no controle os gastos imprevistos e aquelas pequenas compras feitas quase sem perceber no dia a dia — como o café depois do almoço, o doce no meio da tarde ou a saída para o happy hour depois do trabalho. Embora pareçam inofensivas, elas causam um impacto nas contas ao final do mês e têm o potencial de desequilibrar o orçamento.

 

Com os gastos listados na sua planilha, aplicativo ou caderno, procure uma maneira de categorizar cada despesa, separando-as em grupos (como alimentação, lazer e transporte). Faça isso de uma forma que permita identificar quais grupos estão consumindo a maior parte do dinheiro. Além disso, divida-as entre despesas fixas (que estão lá todo mês e que não mudam de valor) e as variáveis (cujo valor altera de acordo com o consumo).

 

IDENTIFIQUE DESPERDÍCIOS E PROMOVA CORTES

 

A partir dessas anotações e da classificação dos seus gastos, identificar os excessos e promover cortes e reduções torna-se mais simples. No entanto, provavelmente será complicado fazer economias significativas logo de cara, principalmente em despesas fixas.

 

A dica é envolver os familiares e focar na redução das pequenas despesas supérfluas. Se somadas, elas certamente representarão uma economia considerável. Além disso, ao envolver todos os moradores da casa na missão de reduzir despesas, o planejamento financeiro passa a ser um objetivo coletivo, fortalecendo o propósito dele e aumentando suas chances de sucesso.

 

FORME UMA RESERVA FINANCEIRA

 

Separe pelo menos uma fatia da renda com o intuito de forma uma reserva financeira. Ela será importante para suprir gastos imprevistos, como despesas médicas ou a perda de alguma fonte de renda. Para que os valores acumulados não percam poder de compra e ainda tenham alguma rentabilidade, procure investi-lo.

 

Outra forma de proteção para determinados imprevistos é por meio da contratação de um seguro de vida. Essa modalidade de seguro paga uma indenização aos dependentes do segurado em caso de morte ou invalidez, o que pode evitar problemas financeiros caso sua família seja atingida por esses problemas.

 

FAÇA REVISÕES PERIÓDICAS

Ao começar um planejamento financeiro, é preciso ter em mente que ele não será algo imutável até o final. É necessário incluir revisões para reavaliar como está seu progresso e saber se o caminho até as metas definidas no começo está correto. Não veja como um problema se for necessário fazer alterações no processo.

 

Confira também:

5 regras do Consórcio Imobiliário que você precisa saber

Consórcio ou poupança - Qual a melhor opção